sábado, 1 de novembro de 2014

0 Adiante Em Parceria: Orlando Costas





PARCERIA COM DEUS

Mover-se adiante em parceria é reconhecer que nos é oferecido a oportunidade de fazer alguma coisa para Deus e com ele, em nosso tempo e espaço. É reconhecer que podemos fazer diferença em nosso mundo. É crer que podemos fazer algo para a transformação do mundo. É colocar as mãos no arado de Deus e juntar-se a ele na luta para transformar nossas terras devastadas em jardins, nossas cidades arruinadas em Habitats produtivos e cheios de significados, nossos campos de morte em santuários de vida. Mover-se adiante em parceria é estar nas trincheiras com Deus, juntar-se a Deus e por mãos à obra numa atitude de gratidão, fé e esperança.

A crise da igreja contemporânea pode ser explicada como resultado do isolamento e do individualismo. Tornamo-nos uma igreja de cavaleiros solitários e empresários em que cada um cuida do seu próprio negócio. Perdemos de vista o fato de a obra não ser nossa, mas de Deus. Podemos construir todo o tipo de público para sustentar nossos esforços empresariais; contudo, mais cedo ou mais tarde, eles entrarão em colapso pela ausência de base. Sucesso numa base de consumo representa pouca relevância, porque desaparece tão rapidamente quanto surgiu. Somente a obra realizada em parceria com Deus tem chances de permanência e continuidade. [...].

PARCERIA COM O PRÓXIMO

Pelo fato de a parceria ser fundamental à estrutura de nosso ser como membros do Corpo de Cristo, ela não é só parceria com Deus, mas parceria de uns com os outros. Assim, Paulo declara, “trabalhando juntos” com Deus. Parceria com Deus assume uma parceria dentro do Corpo de Cristo. Se parceria com deus é participar do ministério da trindade divina, servindo com instrumento do Espírito na obra de Deus no mundo, parceria com os outros é partilhar a experiência de uma empreitada comum, incluindo sofrer as consequências de se trabalhar uns com os outros. Para ser mais preciso, significa trabalhar para Deus no mundo, em conjunto, e não isolado ou individualmente. A parceria existe quando todos partilham experiências e processos comuns.

A igreja precisa existir não em organismos separados, mas como entidade sólida. Diversidade e individualismo são realidades de nossa frágil existência humana, não alvos pelos quais devemos nos esforçar. São obstáculos na estrada que precisam ser vencidos. Tratando-se de parceria, o crente está no chamado à unidade, à solidariedade, e à cooperação. A igreja existe para viver em parceria como um organismo corporativo, cada membro trabalhando com o outro, para Deus em com Deus.

Isso significa que a igreja existe para viver e celebrar em conjunto as glórias e os triunfos, assim como para sofrer as derrotas e dores de cada membro. “Trabalhando Juntos”, uns com os outros, cada membro, cada instrumentalidade, cada agencia, cada congregação, cada componente, não importa, quão pequeno ou fraco seja, experiência em solidariedade as dificuldade do trabalho com Deus no mundo e para o mundo [...].
A parceria verdadeira envolve doara si mesmo aos outros sem se preocupar com o custo. 

Implica boa vontade em gastar-se em prol do outro. Nisto está o tremendo potencial que existe na parceria: desviar o foco da atenção de si mesmo e direcioná-lo ao outro. Verdadeira obra de amor.

Nas ultimas semanas, tenho redescoberto a autentica parceria. Eu não sabia que tinha tantos parceiros na vida e no ministério até ser acometido de uma doença mortal. Enquanto lutava na primeira fase de minha recuperação, convalescendo de uma operação longa e difícil, comecei a experimentar um irresistível derramamento de amor. Parentes e colegas, congregações e agencias denominacionais nos continentes norte e latino-americano e ao redor do mundo, começaram a mostra seu amor e sua preocupação por meio de cartões e flores e, acima de tudo, com jejum e oração ao meu favor. Jamais havia percebido quantos parceiros de ministério eu tinha, até que me encontrei com o apostolo Paulo, aflito, perplexo e ferido. 

Eu não estava cônscio de que minha parceria com Deus estava envolta em larga e profunda parceria com o povo de Deus. Não sabia que tinha tantos parceiros trabalhando juntos com Deus a meu favor e então fui inundado pelo derramamento de amor e cuidado pela e pela certeza de que minha doença não é uma questão de morte, mas de vida! ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­a vida que Deus nos tem dado como dom e tarefa. Venho aqui como testemunha de uma parceria que está viva e crescente, para impulsiona-los e mantê-los. Em atividade, pois Deus é glorificado em nossa parceria.

PARCERIA PARA A RECONCILIAÇÃO COM O MUNDO

Devemos mover-nos em nossa parceria com Deus e com os outros, porque esta parceria é parte da formula de Deus para a reconciliação do mundo. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo”. (2 Co 5.19).

O mundo com toda a sua incompletude e dor, corrupção e fragilidade, vulnerabilidade e partes desmembradas, alienadas como são de Deus e de si, foi reconciliado em parceria: Deus em Cristo é o vinculo do Espirito eterno, como o escritor de Hebreus argumenta (Hb. 9.14). Ser reconciliado é ser colocado em posição correta, ser ajustado. Em síntese, é ser curado e feito de modo integral. Essa é a razão para a parceria. Esse é o projeto de Deus, tanto para sua parceria conosco quanto para a nossa, de uns para com os outros.

Adiante em parceria é condição sine qua non da missão de Deus e da participação da igreja nessa missão porque Deus tem nos dado o ministério da reconciliação. Isso “procede de Deus”, diz Paulo, que nos tem feito nova criação, e, desse modo, nos reconciliando com a divindade e com os outros, para que possamos partilhar com o mundo as boas novas de reconciliação em Cristo. Nossa reconciliação pertence à ordem da nova criação, levado a cabo pela igreja em parceria com o Deus trino.

A questão para nós não é de uma grande herança ou de realizações passadas. Não é sequer uma questão de grandes necessidades, nas áreas  nas quais Deus nos enviou a fim de ministrarmos a palavra da reconciliação.
Antes, a questão diz respeito a agenda inacabada do ministério que Deus nos confiou. Não podemos baixar a guarda em nossa parceria missionária sem negar tudo que professamos e consideramos precioso.

Precisamos avançar em nossa parceria com Deus e com os outros para a reconciliação do mundo, porque nossa agenda missionária não está terminada. “Trabalhando juntos com Deus”, devemos rogar uns aos outros nesta assembleia, em nossa igrejas a locais, em nossas respectivas agencias, em nosso estado, cidades e regiões, para não considerarmos levianamente a graça de Deus, que nos possibilitou o privilégio de ministrar ao mundo a palavra da reconciliação.

Que não sejamos levianos com os dons que são tantas pessoas de heranças raciais étnicas, tantas línguas e nações! Que não sejamos levianos com os dons de uma nova geração de líderes que Deus tem levantado em nosso meio! Que não sejamos levianos com a graça de milhares de formandos em faculdades e seminários prontos para pôr as mãos no arado, na obra do Reino de Deus! E, acima de tudo, que não sejamos levianos com os recursos financeiros postos em nossas mãos nem com o privilégio de vivermos numa sociedade afluente com o qual podemos colaborar de fato. Vamos mover-nos adiante em parceria, vivos na missão com Deus e com os outros para a reconciliação do mundo! Assim será Deus glorificado em nós, e por meio de nós fazendo de nossos insuficientes esforços e de nossas intrigas, fraquezas, futilidades e obras geralmente contraditórias o “centro da sentença” no  grande livro da poesia de Deus; sim, ainda mais, em blocos de construção para o progresso da construção do Reino de Deus.

Texto copiado por Marcos Aurélio e extraído do livro, Orlando Costas do escritor Carlos Caldas. Ed, Vida Nova. Pg, 233-237.
           
           

           
           





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